Muito interessante o artigo de Alexandre Magalhães sobre a evolução da Web entre os anos 2000 e 2006, repercutindo o livro “A Cauda Longa”, de Chris Anderson.
Segundo ele, em 2006:
Das 15 categorias acompanhadas pelo IBOPE//NetRatings, apenas duas cresceram menos que a média da Internet. Em outras palavras, há antes um movimento de quem já é internauta rumo à diversificação, do que propriamente a entrada de novos usuários.
É a constatação de um movimento óbvio. Para quem já é um usuário antigo da Web, categorias que sempre reinaram absolutas como sexo, pornografia, portais e mecanismos de busca já não representam novidade alguma, o que o leva a buscar coisas novas na rede.
Entre 2000 e 2006:
No caso brasileiro, houve um crescimento muito forte do acesso às categorias menos visitadas, como Casa e Moda, Viagens e Turismo ou Família e Estilo de Vida, por exemplo. Grande parte dessa diversificação está relacionada ao fato de o número de mulheres, absoluta e relativamente, ter aumentado de maneira considerável nos últimos seis anos. Para se ter uma idéia desse crescimento, elas representavam menos de 40% em dezembro de 2000 e acercam-se da metade dos usuários no mesmo mês de 2006.
Sem dúvida, o maior número de mulheres usuárias da Web vem se traduzindo numa mudança de comportamento online. Categorias antes minoritárias passam a ter uma importância maior. A pergunta que fica é a seguinte: como a web2.0 — que ainda é mais uma promessa do que uma realidade efetiva — afetará nosso comportamento online?